quinta-feira, 30 de abril de 2009
Festival Perro Loco
quinta-feira, 16 de abril de 2009
INDICAÇÃO: Perdita Durango
A trama se inicia quando, na fronteira entre o México e os EUA, Perdita Durando conhece Romeo Dolorosa, um sacerdote canastrão de santería que atua de ambos os lados da fronteira em diversas atividades ilícitas. O casal aceita o serviço proposto por um gangster de transportar uma carga de fetos humanos que serão utilizados na indústria cósmética (?!), durante o trajeto, Romeo e Pedita decidem fazer a mais real e chocante cerimônia fajuta de santería, na qual sacrificariam uma pessoa.
O roteiro é baseado na história real do casal Adolfo de Jesús Constanzo e Sara Maria Aldrete, que durante os anos 1980 sacrificaram diversas pessoas em rituais abscuros tanto do lado mexicano, quanto do estadunidense da fronteira.
Perdita Durango é um filme relativamente violento e com uma considerável carga erótica. Certamente não é uma unanimidade, o que é bom, pois tudo que é unânime tende a ser um lixo. Dificilmente vocês encontrarão esse filme em locadoras, mas a internet disponibiliza diversos links para baixá-lo.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
A Era dos Remakes
Adianto-me ao grande historiador Eric J. Hobsbawn, autor das obras A Era dos Impérios, A Era das Revoluções e A Era dos Extremos, ao escrever sobre o período histórico que atravessamos: a era dos remakes.
A prática de regravar filmes não é recente, começou nos anos 1960 e 1970 com o intuito de filmar em cores obras originalmente feitas em preto e branco, entretanto, em pouco tempo, começaram a refilmar simplesmente para atualização, releitura e, principalmente, para continuarem gerando recursos aos cofres das produtoras. Entretanto o período cujo início compreende aos anos 1990 e se intensifica nesse início de século XXI extrapola esses objetivos, temos a impressão de que nada no mundo pode acontecer fora dos EUA.
Qual o problema de o Godzilla atacar Tóquio? Por que precisa atacar Nova York? Por que os fantasmas não podem assombrar os japoneses, chineses e tailandeses? Por que crimes inteligentes não podem ser cometidos na Argentina, na Itália, na França ou na Espanha, a não ser que todos os habitantes desses países falem inglês?
É extremamente irritante presenciar o ressurgimento de clássicos do cinema como O Dia Em Que a Terra Parou, King Kong e O Massacre da Serra-Elétrica, e ver que ainda estão preparando novos Rocky Horrors Picture Show e A Hora do Pesadelo, mas ainda mais irritante é saber que futuramente, quando você falar sobre cinema e mencionar O Dia Em Que a Terra Parou, a maioria se lembrará de Keanu Reeves e falarão que o Klatoo original é “muito tosco”, isso caso saibam que existe um Klatoo original. É o mesmo mal que sofrem os amantes da literatura, que ao falarem de Aquiles ouvem um “Eu não gosto muito do Brad Pitt”, ou ao mencionarem John Constatine ouvem “Esse filme é muito louco!”. Dá nos nervos.
Lembro-me que há muitos anos, eu podia conversar tranquilamente sobre O Senhor dos Anéis com meus amigos, mas hoje, sempre que se fala esse nome você ouve “O filme ou o livro?”, exatamente nessa ordem, o filme primeiro, isso quando o livro não é completamente ignorado e o sujeito considera que você esteja falando do filme.
É triste ver que um momento de tanta criatividade e ousadia no cinema seja marcado por tamanha futilidade e comodismo.
Ah! E por que diabos John Constantine se mudou de Londres para Los Angeles? Teriam os demônios virado popstars?